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Sustentabilidade e tecnologia marcam força do agro no PIB

Agro brasileiro impulsiona PIB com crescimento recorde. Faemg destaca setor sustentável e tecnológico (Foto: Cristiano Machado/Agência Minas)
Agro brasileiro impulsiona PIB com crescimento recorde. Faemg destaca setor sustentável e tecnológico (Foto: Cristiano Machado/Agência Minas)
Setor impulsionou o PIB brasileiro em 2023. Atividade cresceu 15,1% com recordes na soja e no milho

As condições hídricas favoráveis de 2023 nas regiões produtoras de grãos, especialmente no primeiro trimestre, garantiram safras melhores e foram decisivas para o desempenho do agro na composição final do PIB brasileiro. A explicação é da assessora técnica do Sistema Faemg Senar, Aline Veloso. O Produto Interno Bruto é a soma dos bens e serviços produzidos no país e, em 2023, chegou a R$ 10,9 trilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A agropecuária cresceu 15,1% em relação a 2022, e impulsionou o PIB.

“Pela ótica da oferta, a agropecuária foi o setor que mais contribuiu para o resultado do PIB brasileiro em 2023, com destaque especial para a participação do 1º trimestre, quando as chuvas favoreceram a produção da safra de grãos, bem como influenciaram o desenvolvimento da safra de café e cana, por exemplo. Por outro lado, observando a influência do clima ao longo do ano, ocorreram reduções na produção de outros importantes produtos, como laranja e arroz. Agora, olhando mais macro, quando pensamos que os produtos do campo são processados e têm forte encadeamento produtivo com os setores de indústria e serviços, percebemos o quão importante o campo é para o desenvolvimento econômico e as exportações”, diz.

Já o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo, lembra que o Brasil é uma potência agrícola e foi o principal responsável, entre todos os setores, por esse superávit. “A nossa agropecuária produz de forma sustentável, com tecnologia nacional, para dar segurança alimentar para mais de 200 milhões de brasileiros e gerar superávit para mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo. É o que nós fazemos, e fazemos muito bem. Em Minas Gerais, temos a cafeicultura, a pecuária de leite que passa por um momento muito delicado, e é necessário que o governo se sensibilize. Nós continuamos fazendo o nosso trabalho e precisamos ter o respeito da sociedade, porque fazemos o bem para o Brasil. Precisamos, mais do que nunca, da sensibilidade dos nossos governantes para continuar avançando e gerando divisas para toda a população”.

O agro também tem um importante papel frente ao mercado internacional. As exportações mineiras renderam US$ 1,1 bilhão em janeiro de 2024 – alta de 6,7% em comparação com janeiro de 2023. Foi a melhor performance do mês na série histórica, iniciada em 1997. Foram enviadas para 137 países 832,5 mil toneladas. O café rendeu US$ 571,6 milhões – 53% das vendas para o exterior. Os principais compradores do café brasileiro foram os Estados Unidos (US$ 109,5 milhões). Analistas indicam que a safra mineira de café no ano passado cresceu por conta da recuperação de áreas em produção.

Minas Gerais foi o quarto maior exportador do Brasil. Além do café, se destacaram o açúcar de cana, o complexo de carnes, apicultura (mel e outros produtos) e frutas, entre outros.