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Exportações do agronegócio mineiro batem recorde

Cenário reforça a importância do agronegócio mineiro no contexto global (Crédito: CNA)
Cenário reforça a importância do agronegócio mineiro no contexto global (Crédito: CNA)

Vendas mineiras para o exterior somam US$ 6,6 bi de janeiro a maio, um aumento de 13%. Principais produtos incluem café, soja e açúcar

No período de janeiro a maio deste ano, as exportações do agronegócio de Minas Gerais atingiram o valor de US$ 6,6 bilhões e 7,1 milhões de toneladas, marcando um aumento de 13% tanto na receita quanto no volume em relação ao mesmo período de 2023. Dados divulgados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento indicam que os produtos agropecuários responderam por 38,3% do valor total das vendas externas do estado.

O secretário Thales Fernandes destacou o cenário positivo, afirmando que Minas Gerais alcançou pela primeira vez a marca de mais de US$ 1 bilhão exportado mensalmente. Ele projetou que, mantendo-se o ritmo aquecido das vendas, as exportações do agronegócio poderão atingir o recorde de US$ 16 bilhões até o final deste ano.

Principais destinos e produtos: a diversidade da pauta exportadora mineira contemplou 505 diferentes produtos agropecuários, distribuídos para 157 países ao redor do mundo. Os principais destinos incluíram a China, líder com US$ 2 bilhões, seguida pelos Estados Unidos (US$ 705 milhões), Alemanha (US$ 474 milhões), Bélgica (US$ 305 milhões) e Itália (US$ 296 milhões).

Café: o café liderou as exportações, representando 44% da receita total do setor. O principal item da pauta exportadora alcançou a receita de US$ 2,9 bilhões, com o volume de 13 milhões de sacas exportadas para 83 países. Todos os principais mercados importadores registraram aumentos superiores a 30%, com destaque para a China, que aumentou as aquisições do café mineiro em 142%, totalizando 2,5 milhões de sacas adquiridas.

Complexo soja: composto pelas vendas do grão, óleo e farelo de soja, o segmento totalizou US$ 1,7 bilhão e 3,9 milhões de toneladas. Houve diminuição de 14% na receita e decréscimo de 7% no volume. O cenário de retração já era esperado, devido à menor oferta do grão, provocada pela safra reduzida. A China seguiu como o principal destino da soja mineira, com a fatia de 85%.

Complexo sucroalcooleiro: as vendas externas do açúcar de cana, álcool e demais açúcares totalizaram US$ 689 milhões, com a comercialização de 1,4 milhão de toneladas. O açúcar, principal componente do segmento, registrou aumento de 55% no valor, 32% no volume e 17% no seu preço médio comercializado, resultando no melhor desempenho já obtido pelo setor no período.

Carnes: as carnes bovina, suína e de frango apresentaram crescimento de 15% no volume embarcado, registrando 186 mil toneladas. A receita foi de US$ 581 milhões, com aumento de 14%. Os principais mercados da carne bovina mineira são China, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e Hong Kong. A carne de frango registrou queda de 13% no valor e 7% no volume, alcançando US$ 147 milhões e 79 mil toneladas, respectivamente. A carne suína manteve desempenho positivo com acréscimo de 1% no valor e 16% no volume, totalizando US$ 16,5 milhões e 9 mil toneladas, respectivamente.

Produtos florestais: as exportações de celulose, madeira, papel e borracha somaram US$ 478 milhões e 738 mil toneladas. Pela primeira vez neste ano, a celulose, principal item de comercialização do segmento, apresentou arrefecimento nas vendas e registrou o total de US$ 465 milhões e 713 mil toneladas.

Este cenário reforça a importância do agronegócio mineiro no contexto global, consolidando o estado como um dos principais protagonistas no mercado internacional de produtos agropecuários. A diversidade e a abrangência dos produtos exportados demonstram a capacidade do setor de atender às demandas de diferentes mercados ao redor do mundo, fortalecendo a economia mineira e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região.