POR LORENA MANGABEIRA — Em um mundo agrícola moldado por desafios e conquistas, as mulheres emergem não apenas como protagonistas, mas como arquitetas de uma mudança fundamental. Neste Dia Internacional da Mulher, celebramos a conexão única entre as mulheres e o agronegócio, explorando conceitos-chave que refletem não apenas suas contribuições individuais, mas a força de uma comunidade unida.
No coração da vida agrícola, surge a ideia de “comum unidade”. Mulheres do agro compartilham uma jornada comum, enfrentando desafios diários e celebrando triunfos coletivos. A sinergia entre elas é uma teia invisível que une diferentes experiências, habilidades e perspectivas. Essa comum unidade é a base sobre a qual se constrói uma comunidade agrícola resiliente e próspera.
A participação em grupos de mulheres, como o Projeto Flores do Café e do Bem-Estar UFV-CRP, o Mulheres que Inspiram Carpec, Elas no Café, entre outros são exemplos de comum unidades que se formam.
A construção de redes de apoio é como plantar sementes de empoderamento no solo fértil da agricultura. Mulheres na agricultura colaboram para compartilhar conhecimentos, superar desafios e fortalecer umas às outras. Essa rede de apoio não apenas impulsiona o desenvolvimento individual, mas também cria raízes profundas que nutrem toda a comunidade agrícola.
Em um campo muitas vezes marcado pela competição, as mulheres na agricultura se destacam ao adotar uma abordagem de não competição. A solidariedade substitui a rivalidade, permitindo que cada mulher floresça em seu próprio caminho. Essa colaboração fortalece a coletividade e promove um ambiente mais inclusivo e equitativo.
Assim como a Terra sustenta as colheitas, as mulheres na agricultura desempenham papéis essenciais na produção de alimentos e na preservação do meio ambiente. A conexão simbiótica entre as mulheres e a Terra destaca a responsabilidade compartilhada de cuidar e proteger nosso ambiente agrícola para as gerações futuras.
O relatório da Embrapa de novembro de 2023, intitulado “Mulheres na Cultura do Café”, ressalta que “as mulheres compartilham a realização de diversas atividades e papéis comuns ao longo do dia, afetando a credibilidade, o rendimento financeiro e o acesso aos processos decisórios”. Essa observação reforça a necessidade urgente de reconhecer e valorizar as contribuições das mulheres na agricultura e a importância de entender os múltiplos papéis que são realizados por ela.
Recentemente, ouvi a Lucimar Silva falando sobre a Sabedoria Maternal, ela cita este olhar ampliado que a relação materna tem para a tomada de decisões na agricultura, essa é uma característica única de nós mulheres. A empatia, o cuidado e a visão a longo prazo inerentes à maternidade inspiram abordagens sustentáveis e equilibradas na gestão agrícola.
Em conclusão, neste Dia Internacional da Mulher, celebramos não apenas as realizações individuais das mulheres na agricultura, mas a força da “comum unidade”, a construção de redes de apoio, a colaboração, a conexão com a Terra e a sabedoria materna que moldam um futuro mais promissor para o agronegócio. Que essas mulheres continuem a ser catalisadoras de mudanças, promovendo um ambiente agrícola mais justo, sustentável e igualitário.
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