
Análise conduzida por especialistas da cooperativa ajuda produtores a identificar o potencial dos grãos, evitar perdas e ampliar a rentabilidade
Com foco na qualidade, na rastreabilidade e na valorização dos cafés especiais, a Expocacer iniciou um serviço gratuito de mapeamento técnico e sensorial para os cooperados da Região do Cerrado Mineiro. A ação permite identificar o verdadeiro potencial de cada lote antes do beneficiamento, gerando informações que orientam desde a escolha do processo pós-colheita até o direcionamento comercial.
Na produção de cafés especiais, nenhuma etapa pode ser ignorada. A qualidade final começa na lavoura e depende de práticas assertivas no pós-colheita, que muitas vezes exigem sensibilidade e conhecimento técnico aprofundado. Pensando nisso, a Expocacer (Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado LTDA) implantou um serviço exclusivo e gratuito de mapeamento de cafés para os cooperados.
A proposta é clara: oferecer suporte técnico individualizado, com provas presenciais dos lotes e devolutiva imediata, para que o produtor compreenda os pontos fortes do próprio café e evite decisões que comprometam sua valorização. “Além da identificação do potencial dos cafés e de auxiliar o cooperado na tomada de decisões, o mapeamento ajuda a prevenir que um café com boa bebida seja misturado com um outro inferior, levando em consideração a sensibilidade da lavoura às variações do ambiente e clima — o que pode ocasionar diferenças mesmo dentro de um único talhão”, explica Angélica Mara, Q-Grader e classificadora de Cafés Especiais da Expocacer.
Essa sensibilidade, aliada à técnica, é essencial. As avaliações são conduzidas por profissionais com amplo domínio da classificação sensorial. Durante o processo, cada cooperado pode enviar até cinco amostras, mediante agendamento. Os atendimentos são realizados em dois locais estratégicos:
Ao acompanhar a degustação, o produtor tem acesso em tempo real às análises e pode ajustar o plano de beneficiamento de acordo com as orientações dos especialistas. Isso evita erros comuns, como misturar grãos com qualidades distintas, e facilita a construção de lotes mais homogêneos e valorizados.
Além da avaliação tradicional, a Expocacer irá incorporar um novo protocolo de análise: o CVA (Coffee Value Assessment), criado pela Specialty Coffee Association (SCA). Essa metodologia amplia a percepção de valor do café ao incluir aspectos extrínsecos — como origem, sustentabilidade e conexão com nichos de mercado —, além dos atributos sensoriais e afetivos.
Na prática, o uso do CVA permitirá compreender com mais precisão o valor do café ao longo das diferentes etapas da cadeia, desde o campo até a exportação. A análise também reforça a conexão entre os atributos dos grãos e os mercados onde eles têm maior aceitação, contribuindo para um planejamento comercial mais eficiente.
O mapeamento ainda envolve profissionais das áreas de negócios e comercialização. A atuação conjunta de especialistas técnicos, Q-Graders, agentes comerciais e traders possibilita que o cooperado entenda como o café será percebido no mercado internacional. Com isso, os produtores ganham mais segurança para decidir o momento ideal de venda, o perfil do comprador e até estratégias para safras futuras.
Ao reunir conhecimento técnico, sensorial e comercial em uma mesma iniciativa, a Expocacer fortalece o vínculo com seus cooperados e amplia o reconhecimento da Região do Cerrado Mineiro como uma das origens mais respeitadas no mercado global de cafés especiais. “A ação reafirma o compromisso da Expocacer com a qualidade, rastreabilidade e valorização dos cafés especiais, fortalecendo os cooperados para obterem melhor competitividade nos mercados e também retificando a reputação da Região do Cerrado Mineiro como uma das principais origens produtoras de cafés do mundo”, afirma Simão Pedro de Lima, Diretor Presidente Executivo da cooperativa.