CNA apresenta propostas para o Plano Safra 2025/2026 ao Ministério da Agricultura

Confederação solicita R$444,12 bilhões para crédito rural e equalização de taxas

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) formalizou a entrega das propostas para o Plano Safra 2025/2026 ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A apresentação ocorreu na quarta-feira, dia 23, em Brasília, pelo presidente da CNA, João Martins, ao ministro Carlos Fávaro, em evento realizado na sede da Pasta.

A proposta indica um montante de R$444,12 bilhões para financiar o setor agropecuário brasileiro. Desse total, R$400 bilhões seriam destinados ao crédito rural, enquanto R$44,12 bilhões atenderiam à necessidade de equalização de taxas de juros. Durante a entrega, João Martins declarou: “O agro precisa de segurança para produzir e investir. Por isso, a importância dessas propostas para fortalecer o setor agropecuário brasileiro”.

Organizadas em quatro eixos principais, as sugestões da CNA incluem a destinação de recursos para equalização de taxas, a modernização de instrumentos de política agrícola, o reforço no financiamento de médio e longo prazo e o incentivo a práticas sustentáveis no campo. A entidade defende que essas medidas assegurem condições adequadas para produtores de diferentes portes.

Após a entrega oficial, Alexandre Schenkel, presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, ressaltou a necessidade de ampliar o apoio ao médio produtor rural. Schenkel explicou que “estamos pleiteando R$62,3 bilhões para o Pronamp, considerando a importância do médio produtor para o emprego no campo e para a integração das cadeias produtivas”. As propostas também sugerem a expansão dos recursos para programas de custeio e investimento, estimados em aproximadamente R$357 bilhões, com ênfase em novos limites de financiamento.

Além do crédito tradicional, a CNA enfatizou a importância de estimular linhas de financiamento específicas para práticas de sustentabilidade, projetos de irrigação, renovação de lavouras e inovação tecnológica. No entendimento da Confederação, instrumentos como o Seguro Rural precisam ser fortalecidos para garantir maior segurança ao produtor.