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Bioinsumos ganham espaço no Cerrado: agricultura mais verde e produtiva é tema de destaque na nova edição da Revista 100PORCENTOAGRO

Uso de soluções biológicas cresce no campo, fortalece práticas sustentáveis e atende exigências dos mercados nacionais e internacionais

A mais recente edição da Revista 100PORCENTOAGRO foi lançada em Patrocínio (MG), no último dia 16, com destaque para o avanço dos bioinsumos na agricultura brasileira. A publicação de abril de 2025 dedica matéria especial ao tema e aponta os principais desafios e oportunidades dessa tecnologia no campo, especialmente nas lavouras do Cerrado.

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Grupo Lisboa Agro

O texto aborda o papel dos bioinsumos na promoção da saúde do solo, na nutrição das plantas e no controle biológico de pragas e doenças. São produtos de origem natural, como micro-organismos e extratos vegetais, que vêm sendo cada vez mais adotados em substituição aos insumos químicos convencionais.

De acordo com a matéria, os bioinsumos podem ser classificados em três tipos principais: biofertilizantes, biopesticidas e biocontroladores. Cada um tem aplicações específicas no manejo agrícola. O uso contínuo dessas soluções vem sendo associado à melhoria da produtividade, redução de custos e à proteção dos recursos naturais.

A publicação também apresenta a nova regulamentação federal, sancionada em dezembro de 2024. A Lei 15.070/2024 estabelece regras para produção, uso e comercialização dos bioinsumos. Um dos pontos mais citados é a dispensa de registro para os produtos fabricados e utilizados dentro da própria propriedade rural, o que, segundo a reportagem, pode estimular ainda mais o uso pelos pequenos e médios produtores.

uso dos bioinsumos exige conhecimento técnico, especialmente quando a produção ocorre na fazenda

O engenheiro agrônomo Michel Garcez, gerente de pesquisa e desenvolvimento na região de Uberlândia, foi entrevistado para a matéria. Segundo ele, “os pequenos produtores têm um desafio inicial, o qual é o custo”, e acrescenta que o uso dos bioinsumos exige conhecimento técnico, especialmente quando a produção ocorre na fazenda.

No Cerrado, região que cobre cerca de 25% do território brasileiro, os bioinsumos têm contribuído para a recuperação de áreas degradadas e ganhos em produtividade. A reportagem cita a Fazenda Três Meninas, em Monte Carmelo (MG), como exemplo. Administrada por Paula Curiacos e Marcelo Urtado, a propriedade combina práticas sustentáveis como agroflorestas, energia solar, polinização assistida e uso de bioinsumos. O modelo garantiu ao café produzido na fazenda reconhecimento internacional e diversas certificações ambientais.

A matéria ainda relembra a importância da capacitação e da assistência técnica para o sucesso na aplicação dos bioinsumos. Programas como o Pronaf e iniciativas da Embrapa e universidades são apresentados como caminhos para disseminar o conhecimento sobre essa tecnologia.