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Região do Cerrado Mineiro e o agronegócio em 2025

Monte Carmelo é um dos polos da cafeicultura nacional (Credito: Wenderson Araujo/Trilux/CNA)
Monte Carmelo é um dos polos da cafeicultura nacional (Credito: Wenderson Araujo/Trilux/CNA)

Administrações municipais traçam estratégias para impulsionar o setor nos primeiros meses de mandato

O agronegócio é a espinha dorsal da economia brasileira, representando cerca de 25% do PIB nacional e impulsionando o desenvolvimento de estados como Minas Gerais, destaque na produção de café, grãos e pecuária, garantindo empregos, exportações e inovação no campo. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Minas Gerais é o terceiro maior produtor agrícola do país, com participação expressiva nas exportações nacionais.

Ainda de acordo com a entidade, em 2025, o setor agropecuário nacional deve crescer 5% no PIB, impulsionado por uma safra recorde de grãos estimada em 322,53 milhões de toneladas. Minas Gerais responde por mais de 50% do café produzido no Brasil, sendo grande parte cultivada no Cerrado Mineiro, onde a combinação de altitude, solo fértil e tecnologia avançada garante qualidade e produtividade elevadas.

Somente em 2024, a Região do Cerrado Mineiro, que possui área cultivada de aproximadamente 234 mil hectares, produziu cerca de 6 milhões de sacas de café, destinando aproximadamente 70% dessa produção à exportação. Isso representa cerca de 4,2 milhões de sacas exportadas. O Cerrado Mineiro também se destaca na produção de grãos, com ênfase na soja e no milho.

Estratégias regionais: prefeitos querem fortalecer o setor

Com um cenário promissor pela frente, os prefeitos da região traçaram estratégias para fortalecer ainda mais o setor em 2025. Iniciativas voltadas para inovação, sustentabilidade e infraestrutura estão entre as prioridades, garantindo que o Cerrado Mineiro continue sendo um polo de desenvolvimento agropecuário.

MONTE CARMELO: o agronegócio de Monte Carmelo impulsiona a geração de empregos e o desenvolvimento regional. O município abriga 15 associações rurais, beneficiadas pela administração municipal com maquinário, implementos agrícolas e repasses anuais. A cidade se destaca como polo cafeeiro de relevância nacional e internacional, com fazendas certificadas e produção sustentável. A produção de cafés especiais agrega valor ao setor e amplia mercados.

Além do café, a forte produção de grãos contribui significativamente para a economia local, fortalecendo o comércio e garantindo a segurança alimentar da população. Para o setor rural em 2025, o município anunciou uma série de medidas, com foco no suporte técnico e financeiro às associações rurais e aos produtores. Entre as principais ações, está a criação do Conselho e do Fundo Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, instrumentos que facilitarão a captação de recursos e o atendimento às demandas do setor.

Secretária de Agronegócio e Meio Ambiente de Monte Carmelo, Maria Zizi Martins Mendonça (Crédito: Hamanda Anderson)
Secretária de Agronegócio e Meio Ambiente de Monte Carmelo, Maria Zizi Martins Mendonça (Crédito: Hamanda Anderson)

“A gestão buscará melhores condições de crédito para médios e grandes produtores, articulando incentivos junto a deputados estaduais e federais. O fortalecimento da participação feminina na agricultura familiar, valorização do Queijo Minas Artesanal com certificação, desenvolvimento da Rota do Turismo Rural e ampliação da assistência técnica em parceria com a Emater estão entre as prioridades desse início de governo”, afirma a secretária de Agronegócio e Meio Ambiente de Monte Carmelo, Maria Zizi Martins Mendonça.

Haverá, ainda, investimento na criação de uma Escola Agrícola para capacitação de jovens e trabalhadores do campo. “Nosso objetivo é garantir que o pequeno produtor tenha condições de crescer e que a agricultura local continue sendo um pilar econômico da região”, ressalta a secretária.

PARACATU: base da economia de Paracatu, o agronegócio consolida o município como um dos maiores produtores de grãos de Minas Gerais. Com a maior área irrigada da América Latina, Paracatu garante alta produtividade em culturas como soja, milho, feijão e trigo, além de impulsionar a agroindústria e a geração de empregos. O setor também fortalece a agricultura familiar, essencial para o abastecimento interno, e impacta o PIB local, reforçando sua importância para o desenvolvimento regional e nacional.

Nos últimos quatro anos, o município se consolidou como referência estadual e nacional no setor, impulsionado também pela ampliação das exportações. Entre os avanços mais significativos, destaca-se o asfaltamento da Rodovia LMG-680, essencial para o escoamento da produção agrícola e pecuária. Para 2025, a gestão municipal projeta a expansão da infraestrutura de transporte, com novas obras de pavimentação em vias estratégicas.

O município aposta ainda no fortalecimento da agroindústria, com a implantação do Parque Industrial de Ciência Agrícola China-Brasil, em parceria com a LongPing High-Tech. O projeto visa transformar Paracatu em um polo agroindustrial e tecnológico, atraindo investimentos e gerando empregos qualificados.

“Agricultura e pecuária são os motores da nossa economia, e estamos trabalhando para garantir infraestrutura, tecnologia e inovação para que o setor continue crescendo. O compromisso da nossa gestão é criar um ambiente cada vez mais favorável ao desenvolvimento do agronegócio. Também pretendemos ampliar a área irrigada, promovendo a diversificação das culturas agrícolas, além de incentivar o acesso dos pequenos produtores a novas tecnologias”, avalia o secretário municipal de Agropecuária de Paracatu, Caio Silva Quirino.

Esta matéria será atualizada com informações de outras prefeituras consultadas