País é o maior produtor mundial. Aumento é de 53,3% em relação ao mesmo mês de 2023
O Brasil, maior produtor de café do mundo, estabeleceu um novo recorde de exportação de café em abril de 2024. O país exportou 4,22 milhões de sacas de café, um volume recorde para o mês e 53,3% acima do mesmo mês em 2023. O faturamento com as exportações somou US$ 935,3 milhões, 52,6% acima de abril do ano passado.
Nos primeiros dez meses do ano safra 2023/24, as exportações de café somaram 39,256 milhões de sacas, uma alta de 28,5% em comparação com o mesmo período do ciclo 2022/23. Em termos de receita, houve um crescimento de 13,3%, para US$ 7,939 bilhões.
De janeiro a abril de 2024, as vendas externas de café também bateram recorde, com 16,242 milhões de sacas, 45,6% acima do mesmo período de 2023. O faturamento foi de US$ 3,444 bilhões no acumulado de 2024 até abril, ou 42,4% acima dos US$ 2,428 bilhões de janeiro a abril de 2023.
Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, as exportações foram impulsionadas pelos cafés “in natura”, principalmente os canéforas (conilon + robusta), que também bateram recorde no ano. A recuperação da colheita em 2023 possibilitou volumes consideráveis de embarques do arábica, avalia Ferreira. Em especial, os embarques de conilon e robusta também tiveram performances históricas, observa o dirigente.
Em relação aos tipos de café, o arábica foi o mais exportado no primeiro quadrimestre do ano, com 12,469 milhões de sacas, 76,77% do total e alta de 31,3% na comparação com janeiro a abril de 2023. A variedade canéfora teve 2,559 milhões de sacas embarcadas no período, sendo o destaque entre os tipos do produto ao avançar 548% em relação a igual intervalo de 2023 e ampliar sua representatividade atual para 15,75% do geral.
Este desempenho é reflexo do cenário internacional do mercado, com disponibilidade menor do café robusta indonésio e vietnamita, espaço que foi ocupado pelo Brasil. “Outros países produtores, inclusive, vêm importando cafés brasileiros para atenderem seus compromissos de consumo e reexportação, como México, Colômbia, Vietnã e Indonésia”, detalhou Ferreira.