Sistema Faemg-Senar distribui alerta e orientações. Curso prepara produtores para prevenir a doença
Os mineiros estão prestes a registrar o maior número de casos de dengue da história. Em estado de emergência, declarado pela Secretaria da Saúde, Minas Gerais contabilizava mais de 67 mil casos confirmados da doença até o dia 19 de fevereiro. Com registros crescentes, o recorde é cinco vezes maior em comparação com todo o ano de 2023. Ao contrário da crença geral, o perigo não está somente nas cidades. Moradores e trabalhadores de áreas rurais também estão ameaçados e devem redobrar os cuidados.
Alexandre Rodrigues da Silva, instrutor de saneamento rural do Sistema Faemg-Senar, explica que nem toda propriedade rural representa risco de proliferação dos criadouros de mosquitos “Aedes aegypti”, mas, mesmo assim, recomenda cuidados básicos em todas as localidades, principalmente com o armazenamento de água.
“Piscinas e caixas d’água devem ser tampadas. Já nos cochos e bebedouros para animais recomendamos colocar aqueles peixes piabinhas ou barrigudinhas, que são capturados nos próprios córregos das propriedades. Eles são larvófagos, ou seja, comem as larvas que os mosquitos desovam”, ensina o instrutor. Os animais conhecidos como lebistes, guppi, platis, molinésias e espadinhas, também podem ser comprados em lojas especializadas.
Alexandre também indica a limpeza nas propriedades e ao redor. “Não deixar lixo exposto, tudo que possa reter água, como tampinhas de garrafas e outros recipientes. Nesses locais com acúmulo de água parada é que a fêmea do mosquito deposita seus ovos. É preciso ficar atento ao tratamento desses lixos, ao acondicionamento em sacos apropriados, ao transporte até os locais corretos de descarte. Isso tudo é muito importante e pode evitar que a zona rural se torne foco da doença”, conclui.
O Senar Minas possui, em seu catálogo de Formação Profissional Rural, o curso de Saneamento Rural. Nele, os produtores recebem informações sobre prevenção à dengue, zika, chikungunya e outras zoonoses.