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Agronegócio brasileiro sustenta saldo comercial com US$ 126,8 bi

Foto: Porto de Rio Grande segundo maior porto do Brasil (Foto: Wenderson Araujo/Trilux/CNA)
Foto: Porto de Rio Grande segundo maior porto do Brasil (Foto: Wenderson Araujo/Trilux/CNA)

Setor deve alcançar US$ 126,8 bilhões em 2025. Balança comercial do País seria deficitária, se não contasse com o agronegócio

O agronegócio brasileiro irá manter o protagonismo no saldo comercial em 2025, com transações que devem alcançar US$ 126,8 bilhões entre exportações e importações, indicam estimativas da consultoria MacroSector. Este valor representa quase o dobro do saldo total da balança comercial previsto para o mesmo período, de US$ 67 bilhões.

Desde 2022, o agronegócio tem desempenhado um papel cada vez mais significativo na balança comercial do país. “Não é de hoje que a balança comercial do País seria deficitária, caso não contasse com a contribuição do agronegócio”, observa Fabio Silveira, economista da MacroSector. Em 2022, o saldo do agronegócio alcançou US$ 123,9 bilhões, superando o saldo total da balança comercial que foi de US$ 61,5 bilhões naquele ano.

Para 2025, espera-se que o agronegócio continue impulsionando o saldo comercial, beneficiado pelo aumento dos preços das commodities e pelo crescimento econômico robusto em mercados como o da China. Os programas de estímulo econômico global após a pandemia também contribuíram para o aumento das exportações agrícolas, ajudando a compensar a desvalorização do real em relação ao dólar.

Apesar dos benefícios imediatos para a estabilidade econômica, existe preocupação com a dependência excessiva do agronegócio e das commodities como principais motores da economia brasileira. José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), destaca que essa dependência limita o dinamismo econômico e a criação de empregos qualificados, especialmente no setor industrial.
“O que exportamos [commodities] é o que alguém quer e os preços são determinados pelo mercado”, avalia Castro, apontando para a falta de diversificação nas exportações brasileiras. Segundo Silveira, a incapacidade da indústria nacional de gerar superávits comerciais é resultado de políticas inadequadas e de um ambiente econômico desfavorável.

projeções indicam que o agronegócio continuará desempenhando papel fundamental na balança comercial brasileira, mas desafios persistem

Para o futuro, as projeções indicam que o agronegócio continuará desempenhando um papel fundamental na balança comercial brasileira, mas desafios persistem quanto à necessidade de diversificação econômica e redução da dependência das exportações de commodities.