Neste artigo, o tema são as pulverizações via drone em cafeeiros, uma tecnologia que, em muitos casos, tem contribuído significativamente, embora ainda careça de conhecimento para sua correta implementação nas áreas de café.
No ano passado, enfrentamos um ataque de bicho-mineiro em um talhão específico, que se encontrava em fase de recepa. Com toda a operação da fazenda voltada para a colheita, optamos por utilizar essa tecnologia e, de fato, alcançamos um nível de controle satisfatório, sendo muito assertivos na estratégia de aplicação.
Nesta semana, realizamos testes em um cliente de nossa consultoria, empregando diferentes modelos de drones, variadas tecnologias de distribuição de calda, com vazões de 15 a 40 litros/ha, diversos tamanhos de gotas e direções de aplicação em relação à linha de plantio. Marcadores foram utilizados para facilitar a visualização da distribuição das gotas.
Concluímos que ainda precisamos avançar muito nessa tecnologia. Os modelos de drones estão evoluindo rapidamente e podem, eventualmente, ser uma excelente opção, como observado no caso mencionado anteriormente. Existem muitos questionamentos e a tecnologia é promissora; portanto, devemos prosseguir com experimentos na fazenda, tratando um talhão pulverizado 100% via drone, ao lado de um talhão com características similares 100% via turbo-atomizador convencional, além de combinar tecnologias conforme a dinâmica de cada produto e alvo.
Acredito que em breve teremos resultados que nos darão mais segurança para recomendar essa modalidade de aplicação em cafeeiros. Quando essa tecnologia se consolidar, teremos uma significativa economia de tempo de aplicação, o que poderá auxiliar no controle de pragas e doenças, minimizar a compactação do solo, economizar mão de obra e equipamentos devido ao alto rendimento de pulverização dos drones.
No entanto, é inegável que precisamos buscar o uso de adjuvantes adequados, entender os melhores horários de aplicação, entre outras questões. Fica claro que devemos usar o bom senso para definir a estratégia conforme o conhecimento da dinâmica da calda, do alvo, do estado vegetativo e da estrutura da planta de cada talhão.
Enfim, é um assunto que requer muito desenvolvimento e conhecimento, mas que se mostra como uma ferramenta promissora e que pode contribuir enormemente para o manejo assertivo das lavouras.