Setor produtivo e delegação da CNA se reuniram em Belo Horizonte. Em pauta, as propostas regionais
Produtores rurais, sindicatos e federações dos estados do Sudeste se reuniram com a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) nesta segunda-feira, dia 13, em Belo Horizonte. O tema central do encontro foram as principais demandas para o Plano Agrícola e Pecuário 2023/2024.
Foi a quarta reunião do tipo promovida pela CNA. Antes, a Confederação já havia recolhido demandas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Um documento oficial com as propostas de todas as regiões será apresentado ao governo e parlamentares para subsidiar a elaboração do próximo Plano Safra.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Antônio Pitangui de Salvo, destaca dois pontos essenciais que deverão constar na proposta: seguro agrícola e acesso ao crédito. “O produtor precisa ter segurança para produzir. Somos uma indústria a céu aberto e corremos riscos diariamente, como a falta de chuva ou muita chuva com incidência de granizo, por exemplo. Precisamos melhorar a questão do seguro e acesso ao crédito, pois muitas vezes o crédito está liberado pelo governo, mas o produtor não consegue chegar até ele”, explicou.
Além destes, as principais demandas de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo são: o aumento de recursos, redução na taxa de juros e atualização dos valores para enquadramento dos produtores às diferentes linhas de crédito.
Também compõem a lista de prioridades: a elevação dos limites para custeio, por beneficiário e ano agrícola; a melhoria de alternativas de garantia para os financiamentos e priorização dos programas de investimento: ABC+, Inovagro, PCA, Moderagro e Moderinfra.
Para Guilherme Rios, assessor técnico da CNA, a construção da proposta é fundamental para dimensionar a necessidade específica de cada uma das regiões de um país tão grande, como o Brasil.
Já a assessora técnica do Sistema Faemg/Senar, Aline Veloso, considera que o Workshop Sudeste foi o momento de juntar contribuições e coleta de informações dos sindicatos rurais com as demandas vindas das 12 comissões técnicas do Sistema e ainda das instituições participantes do CSS Agro. “Não há momento melhor para elencar as principais ações e prioridades necessárias para adequação da política pública do crédito e do seguro rural. É a hora também de elencar quais são os programas prioritários para a nossa agropecuária”, destacou.