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Saiu no jornal: árabes pretendem investir R$ 12 bi na macaúba

Macaúba é comum no Alto Paranaíba (Crédito: 100Porcentoagro)
Macaúba é comum no Alto Paranaíba (Crédito: 100Porcentoagro)

Palmeira nativa do Brasil é abundante no Alto Paranaíba. Matéria-prima importante para biocombustíveis e outros produtos, macaúba é capa do jornal 100PORCENTOAGRO

Um ambicioso projeto, ainda em fase de negociação, pretende investir R$ 12 bilhões na produção de biocombustível a partir da macaúba, uma palmeira nativa do Brasil. Sob a liderança da Acelen, empresa controlada pelo fundo Mubadala Capital de Abu Dhabi, a iniciativa planeja utilizar 200 mil hectares de áreas degradadas na Bahia para o plantio da macaúba, visando produzir 1 bilhão de litros de diesel verde e combustível sustentável para aviação (SAF) anualmente. Na região, há controvérsias com algum ceticismo em face de promessas mirabolantes já ouvidas por aqui e nunca concretizadas, embora exista um belo projeto sendo executado com sucesso em Patos de Minas.

Tamanho interesse na palmeira brasileira é tema da reportagem de capa da oitava edição do jornal 100PORCENTOAGRO.

Leia a matéria completa no jornal 100PORCENTOAGRO aqui.

Os árabes consideram construir uma refinaria verde nas instalações da antiga Refinaria Mataripe, antes pertencente à Petrobras e agora propriedade da Acelen. A Petrobras e o Mubadala assinaram um memorando de entendimento em setembro de 2023 para a possível participação da estatal brasileira no empreendimento.

A Acelen, simultaneamente, desenvolverá um centro de tecnologia em Montes Claros (MG), com um banco de viveiros, além de fazendas-piloto focadas em pequenos produtores. A produção industrial, programada para começar no final de 2026, utilizará inicialmente óleo de soja como insumo, devido ao período de cinco anos necessário para a macaúba dar frutos.

Diante da crescente competitividade agrícola brasileira e do potencial de crescimento dos combustíveis verdes, o projeto poderá se expandir para quatro fases adicionais em diferentes regiões do país, devido à alta demanda por SAF e diesel renovável.

A macaúba, objeto de estudos na Universidade Federal de Viçosa através da Rede Macaúba de Pesquisa (REMAPE) desde 2019, está ganhando destaque global como fonte alternativa de energia limpa e renovável. Pesquisadores, como o Professor Sérgio Yoshimitsu Motoike, consideram a macaúba o “novo ouro brasileiro” devido à sua sustentabilidade. Empresas como a INOCAS, sediada em Patos de Minas, estão integrando a macaúba a pastagens para recuperar solos degradados, gerando receitas adicionais para pequenos agricultores e pecuaristas familiares.Projeto de R$ 12 bilhões busca transformar macaúba em ‘novo ouro brasileiro’