
Concurso amplia reconhecimento internacional dos cafés do Cerrado Mineiro e lança a categoria Doce Cerrado Mineiro, voltada a lotes com maior doçura natural
O Cerrado Mineiro se prepara para mais uma edição de um dos principais concursos de cafés do Brasil. Em 2025, o 13º Prêmio Região do Cerrado Mineiro traz uma inovação que reforça a identidade sensorial da região: a categoria Doce Cerrado Mineiro. A iniciativa foi criada para valorizar cafés naturalmente mais doces da safra 2025/2026, abrindo espaço para produtores que exploram o potencial do método Natural, técnica que mantém a concentração de açúcares do fruto e realça características como chocolate, caramelo, amêndoas e acidez cítrica equilibrada.
A nova categoria não é apenas uma divisão dentro do concurso, mas um movimento estratégico da Denominação de Origem (DO) Cerrado Mineiro. O objetivo é consolidar e comunicar ao mercado mundial o perfil sensorial diferenciado dos cafés produzidos nos 55 municípios da região. Os lotes inscritos serão avaliados por um júri de especialistas, seguindo os protocolos internacionais do Coffee Value Assessment (CVA), da Specialty Coffee Association (SCA). O critério central será a intensidade da doçura e a fidelidade ao padrão sensorial reconhecido internacionalmente como marca do Cerrado Mineiro.
Mais do que premiar, o concurso também se conecta ao mercado. Os seis cafés mais doces, selecionados como representantes de cada cooperativa, serão disponibilizados em lotes exclusivos de 20 sacas destinados ao mercado interno. Assim, além do reconhecimento técnico, os produtores terão uma vitrine comercial para seus cafés.
Para Juliano Tarabal, diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, o lançamento da categoria reforça a estratégia de diferenciação regional. “Essa categoria reforça nossa identidade. O Cerrado Mineiro é reconhecido globalmente pela consistência e rastreabilidade, e agora também dará um espaço especial à doçura, que é uma característica muito apreciada pelos consumidores de cafés especiais”, afirma.
O 13º Prêmio Região do Cerrado Mineiro não se limita à nova categoria. O regulamento também traz ajustes em outras frentes. A antiga categoria Fermentação Induzida foi reformulada e passa a ser chamada apenas de Fermentado. Permanecem em disputa as tradicionais categorias Natural e Cereja Descascado. Cada produtor poderá inscrever uma amostra por categoria, e mulheres cafeicultoras têm participação garantida, mesmo que a propriedade esteja registrada em nome de familiares, desde que comprovem vínculo parental.
A metodologia do concurso inclui três etapas: validação, análise sensorial e ranqueamento. Os cafés selecionados terão a oportunidade de participar de dois importantes leilões. O primeiro é o Leilão Solidário, que destinará 40% da arrecadação ao projeto Troféu Escola de Atitude. O segundo será o Leilão On-line, marcado para 5 de dezembro, com alcance internacional, ampliando o acesso a compradores de diferentes países.
As inscrições estão abertas até 19 de setembro e devem ser realizadas por meio das cooperativas e associações filiadas à Federação dos Cafeicultores do Cerrado.
O 13º Prêmio Região do Cerrado Mineiro é realizado em parceria com as cooperativas Carmocer, Carpec, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocacer e monteCCer, além do apoio das associações ACA, Acarpa, Amoca, Appcer, Assocafé, Assogotardo e GRE Café – Região de Araxá. A união dessas instituições representa a força de milhares de produtores distribuídos pelos 55 municípios reconhecidos pela Denominação de Origem Cerrado Mineiro.
Com a categoria Doce Cerrado Mineiro, o concurso dá mais um passo para reforçar a diferenciação dos cafés da região e ampliar sua conexão com consumidores e compradores em escala global.