Sempre em destaque nas publicações do 100PORCENTOAGRO, a agroindústria teve um desempenho 0,8% superior em 2023, comparativamente a 2022. As perspectivas para este ano são otimistas
A agroindústria brasileira demonstra vigor, registrando um crescimento de quase 1% em 2023, segundo dados do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro). Com perspectivas otimistas para 2024, o setor se destaca em diversos segmentos, impulsionado por avanços e inovações.
O setor é presença constante nos canais 100PORCENTOAGRO, por meio de reportagens sobre produtos, serviços e regulamentação do setor, além de abordagens sobre seu papel social, especialmente na agricultura familiar. Em 2023, o setor cresceu, em média, 0,8%, com alguns segmentos superando 13% de crescimento, conforme dados do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro), publicados no Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro). O ano de 2024 é projetado para ser ainda melhor, de acordo com as projeções.
Saiba mais:
Bioinsumos: por que o Brasil tem vantagens em relação ao resto do mundo
Futuro dos biocombustíveis passa pela macaúba
Novo modelo de negócios no uso de recursos naturais
Avanços mineiros na inspeção de produtos de origem animal
A agroindústria está acelerada passa por um momento bastante diferente em comparação com 2022 e 2023. Essa é a opinião de Felippe Serigati, pesquisador do FGV Agro. O cenário será realmente positivo se a inflação continuar em queda e o mercado de trabalho permanecer aquecido. No entanto, o estudo identifica uma certa cautela por parte dos empresários. Serigati destaca o segundo semestre como responsável pelo resultado positivo de 2023, mostrando a força da agroindústria em relação a outros tipos de empresas.
Analisando separadamente os segmentos, a alta foi de 3,2% nos produtos alimentícios e bebidas. Os produtos de origem vegetal registraram uma alta de 7,3%, enquanto a produção têxtil e os insumos agropecuários tiveram uma queda de 2,3%. Em alimentos e bebidas, houve um aumento motivado pelo aquecimento do mercado brasileiro e pela queda da inflação. Os dados por segmento são animadores: Alimentos de origem vegetal: alta de 7,3%; Alimentos de origem animal: alta de 2,7%; Bebidas alcoólicas: alta de 0,2%; Bebidas não alcoólicas: alta de 1,7%.
A produção de biocombustíveis cresceu 13,4%, impulsionada pelo aumento da oferta e da qualidade da cana-de-açúcar durante 2023, além da maior produção de etanol de milho. Os produtos têxteis provenientes da China complicaram o cenário para os produtos não alimentícios. Além disso, a diminuição das exportações e os altos estoques tiveram um impacto negativo sobre os segmentos de insumos agropecuários, produtos têxteis e produtos florestais.