
Especialista Bira Ribeiro, da Agência Via, lança guias sobre comunicação no agro, ensinando a transformar a organização de eventos e a produção de vídeos em ferramentas de crescimento e fortalecimento de marca
Em um setor movido pela inovação e pela busca constante por eficiência, a comunicação assume um papel cada vez mais determinante para o sucesso. No entanto, muitos profissionais e empresas do agronegócio ainda se deparam com o desafio de traduzir seu potencial técnico em uma mensagem clara e impactante. Para preencher essa lacuna, o especialista em comunicação Bira Ribeiro, diretor da Agência Via, apresenta ao mercado dois guias práticos: o “Guia Experiência de Impacto Agro” e o “Na Hora do REC no Campo”.
As publicações nascem de uma vivência de mais de duas décadas nos bastidores do setor. A Agência Via, sob a liderança de Bira Ribeiro, esteve presente em mais de 200 eventos e organizou 50 encontros estratégicos, produzindo mais de 3.000 vídeos. Essa experiência consolidou uma percepção fundamental, expressa no material: “Empresas que planejam sua participação com método colhem resultados exponenciais”.
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Guia Experiência de Impacto Agro
O primeiro guia, focado em eventos, é prefaciado por Daniel Martins de Oliveira, Presidente Executivo da ADICER, uma voz de peso no cenário da distribuição de insumos. Oliveira descreve a obra como “o reflexo de quem conhece o setor, sente suas dores e traduz, com precisão e sensibilidade, cada etapa do que faz um evento realmente valer a pena”. O manual propõe uma abordagem metódica, que começa muito antes da montagem de um estande. O ponto de partida é a definição de objetivos: o que se busca? Gerar leads, fortalecer a marca, realizar networking ou apresentar uma nova tecnologia? A resposta a essa pergunta direciona todas as decisões subsequentes.
O guia avança para o planejamento financeiro, um dos pontos mais sensíveis para qualquer organizador. São apresentadas ferramentas de gestão e checklists detalhados que abrangem desde custos evidentes, como aluguel de espaço e contratação de pessoal, até despesas frequentemente subestimadas, como seguros, licenciamentos e a criação de um fundo de reserva para imprevistos, recomendado entre 10% e 15% do total. A obra também dedica atenção especial à complexa logística rural, considerando os desafios de transporte e infraestrutura inerentes ao campo.
A gestão de pessoas é tratada como a “engrenagem essencial para eventos”. O manual detalha as funções de cada membro da equipe, desde o diretor estratégico até os técnicos de campo, e a importância de formalizar todas as relações por meio de contratos, garantindo a segurança e o alinhamento entre todos os envolvidos.
Já em “Na Hora do REC no Campo”, Bira Ribeiro mergulha no universo audiovisual, uma ferramenta de comunicação que se tornou indispensável na era digital. Bira, que trabalha com vídeo desde 1999, defende que essa é a peça-chave para “apresentar resultados, comunicar informações técnicas complexas, introduzir novos produtos e tecnologias avançadas”.
O manual desmistifica a produção de vídeo, mostrando que a qualidade não depende apenas de equipamentos caros, mas de um bom planejamento. O processo começa com um roteiro simples, a definição do público-alvo e a escolha da plataforma de exibição. Um dos capítulos mais interessantes, intitulado “Os Primeiros Segundos que Decidem Tudo”, ensina a capturar a atenção da audiência online com impacto visual imediato e uma mensagem direta.
Aspectos técnicos como qualidade de áudio — que, segundo o autor, responde por mais de 50% da experiência do espectador —, iluminação e edição são explicados de forma acessível. O guia valoriza a autenticidade como o maior trunfo da comunicação rural, incentivando os produtores a mostrarem a realidade do seu dia a dia, incluindo os desafios e imprevistos. Formatos como vlogs, tours pela propriedade, lives e sessões de perguntas e respostas são apresentados como excelentes maneiras de construir autoridade e criar uma conexão genuína com o público.
Em suma, os dois manuais funcionam como um roteiro completo para quem deseja profissionalizar sua comunicação. Eles partem do princípio de que, no agronegócio, conhecimento só tem valor quando se transforma em ação, oferecendo as ferramentas para que boas ideias se convertam em resultados visíveis e duradouros.