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Sobre CEOs, cientistas, atletas, Joaquins e humanos

Crédito da imagem: Diego Siqueira
Crédito da imagem: Diego Siqueira

POR DIEGO SIQUEIRA — No início de 2024, perguntei ao meu avô Joaquim (na casa dos 90 anos, a caminho dos 100 com sanidade e saúde), o que ele mais gostava de fazer na vida. Afinal, alguém nascido em uma grande família, que viveu e ouviu tantas histórias ao longo de quase um século, tem muito a compartilhar.

Ele pensou por alguns dias. Quando me viu novamente, me entregou a resposta, que compartilho com vocês na foto deste artigo. Ele não escolheu uma caneta dourada nem um papel elegante. Pegou o mais simples que encontrou e escreveu sua resposta, que resumo em quatro palavras: Trabalhar, Família, Casa, Rezar.

Nos momentos difíceis, quando enfrentamos desafios, somos desacreditados, magoados e também magoamos.

O bilhete e as palavras me acompanharam durante todo o ano. Nos momentos difíceis, quando enfrentamos desafios, somos desacreditados, magoados e também magoamos. Nos dias de alegria, nas longas viagens, nos desafios e nas conquistas. Elas me lembraram do essencial: o lugar que chamamos de lar, a força das relações genuínas e os momentos de espiritualidade — que não têm a ver com religião, mas com conexão e gratidão.

Nesta última semana do ano pesquisei pensamentos e culturas de diferentes pessoas, reunidos em frases dos 20 CEOs mais influentes, dos 20 cientistas mais renomados das últimas décadas, dos 20 atletas mais incríveis e das 20 lideranças sociais humanizadas.

Nas mais de 2000 palavras que reuni, as que surgiram com mais força em cada grupo foram:

  • CEOs: Inovação, Liderança, Visão.
  • Atletas: Superação, Determinação, Coragem.
  • Cientistas: Conhecimento, Descoberta, Adaptação.
  • Líderes sociais humanizados: Mudança, Impacto, Igualdade.

No final de tudo, percebemos o óbvio: não somos apenas CEOs, atletas, cientistas ou líderes. Somos todos Joaquins, seres humanos, imperfeitos, frágeis, com histórias e significados.

Que as letras das mãos trêmulas do meu avô, bisneto da Dona Iria (minha pentavó, bisavó do meu avô Joaquim), e que assentaram tantos tijolos no passado, nos inspirem a equilibrar tecnologia com humanidade. A inteligência artificial é extraordinária, mas nossa sensibilidade é quântica — e insubstituível.

Que aprendamos com os “Joaquins” e “Luzias”: a simplicidade e a força de viver com propósito. Que a leveza de viver o agora e lidar com a ansiedade do amanhã seja constante, porque nossa existência é breve, mais breve do que o embrulho plástico dos presentes que damos e recebemos.

A você que lê estas palavras, desejo mais do que um ano incrível. Desejo trabalho com propósito, família (de sangue ou de escolha), muito ca(fé) e gratidão diária!

Feliz Novo Ciclo seja em janeiro, feveiro ou qualquer data! Que sejamos menos perfeitos e mais humanos.

“Não é o que fazemos, mas como o fazemos, que revela quem realmente somos.” — Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz e defensor da filosofia Ubuntu “Eu sou porque nós somos”.

 

 

 

Texto publicado primeiro no perfil do autor no LinkedIn