ZAP
ZAP

Vitivinicultura na Região do Cerrado Mineiro: premiado no café, Grupo DB é destaque também nos vinhos

Grupo DB dedica atenção especial aos vinhos (Crédito: Bruna Juber/100Porcentoagro)
Grupo DB dedica atenção especial aos vinhos (Crédito: Bruna Juber/100Porcentoagro)

Saiba como o Grupo DB revoluciona a vitivinicultura no Cerrado. Técnica pioneira gera vinhos finos surpreendentes

Esta segunda reportagem especial sobre os Vinhos do Cerrado Mineiro destaca a dedicação da Casa Bruxel à vitivinicultura e sua paixão original pelo café. O grupo de Décio Bruxel possui a maior área reservada exclusivamente ao cultivo, entre os 11 produtores listados pelo engenheiro agrônomo Flávio Bambini, consultor do projeto Educampo, do Sebrae MG, considerando áreas exclusivas com uvas destinadas à produção de vinhos. São 8,5 hectares. Décio Bruxel e os outros 10 produtores da lista somam 25,1 hectares dedicados à vitivinicultura. Com imagens de Hellen Mendes, Bruna Juber conversou com Daniel Bruxel sobre a paixão envolvendo duas riquezas do Cerrado Mineiro: o vinho e o café.

Leia também: Vitivinicultura na Região do Cerrado Mineiro: conexão café e vinho

Criada neste ano de 2024, a Casa Bruxel integra o Grupo DB, com empreendimentos relacionados à agricultura, vinho e genética suína. Além da vitivinicultura, a Casa Bruxel se dedica à agricultura de alta tecnologia e à produção suinícola. Fundada pelo gaúcho Décio Bruxel, a empresa tem sede em Patos de Minas. Notadamente na produção de vinhos, a Casa Bruxel se destaca com o Chuá Syrah, considerado um vinho jovem, com sabores intensos e marcantes, refletindo a essência do Cerrado Mineiro.

Casa Bruxel foi criada neste ano e é dedicada ao café e aos vinhos (Crédito: Bruna Juber/100Porcentoagro)
Casa Bruxel foi criada neste ano e é dedicada ao café e aos vinhos (Crédito: Bruna Juber/100Porcentoagro)

No bate-papo com o 100PORCENTOAGRO, Daniel Bruxel sustenta que a conquista do mercado exige cuidados especiais e estratégia. “No café, a gente só vendia grão verde para torrefadores. E resolvemos fazer o nosso café. A gente fez tanto a cápsula, o drip coffee [café em sachê individual que pode ser preparado em qualquer lugar e a qualquer hora, disponibilizado na proporção ideal de pó para uma pessoa, preparado em xícara ou copo, com água quente], o café especial e, em breve, teremos o café gourmet. Nós também queremos conquistar esse mercado (…) com um café de qualidade”. Daniel conclui valorizando a conexão entre café e vinho porque quem aprecia um bom vinho gosta de um bom café, e vice-versa. “Para quem gosta de café a gente diz: experimenta um vinho aqui também, com qualidade. Tem muita sinergia nisso. É um ajudando o outro”.

Vitivinicultura no Cerrado Mineiro tem 11 produtores

Além do grupo de Décio Bruxel, a lista elaborada por Flávio Bambini traz os seguintes produtores:

  • Maurício José de Melo Rios/Vinícola Alma Rios, Patos de Minas (4 ha)
  • Tiago Castro Alves e Márcio Borges Castro Alves/Barinas, Araxá (2,3 ha)
  • Getúlio de Paiva Aguiar/Vinícola Paiva Aguiar, Araxá (2,1 ha)
  • Leonardo Palhares Cardoso/Vinícola Fazenda Alegria, Patrocínio (2 ha)
  • Espólio de Marcelo Balerini de Carvalho/Farmer Chef, Serra do Salitre (2 ha)
  • Thiago Batista de Almeida/Vinícola Gameleira, Patrocínio (1 ha)
  • Frederico de Queiroz Elias/Recanto, Patrocínio (1 ha)
  • Roni de Moraes Leme/Bruma Alta, Serra do Salitre (1 ha)
  • Flávio de Freitas Bambini/Vinícola Bambini, Cruzeiro da Fortaleza (0,8 ha)
  • Carlos de Ávila Neto/Vinícola Ávila, Araxá (0,5 ha)

 

Café premiado

Recentemente, o 33º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso destacou a região de Minas Gerais, com três finalistas no pódio. Décio Bruxel estava entre os vencedores e foi representado por Daniel Bruxel.

Os três vencedores da 33ª edição do Prêmio Ernesto Illy (Crédito: illycaffè)
Os três vencedores da 33ª edição do Prêmio Ernesto Illy (Crédito: illycaffè)

Além de Bruxel, também foram premiados: Matheus Lopes Sanglard (Matas de Minas) e Flávio da Costa Figueredo (Sul de Minas). Os três receberam um diploma e um cheque de R$ 10 mil. Também foram contemplados com uma viagem ao exterior para o 9º Prêmio Internacional de Café Ernesto Illy.

A cerimônia ocorreu em São Paulo no dia 21 de março, e contou com a presença de Andrea Illy e Anna Illy. A illycaffè promove a agricultura regenerativa e apoia práticas ambientais sustentáveis, comprando diretamente dos produtores e seguindo o protocolo Sustainable Procurement Process da DNV e os objetivos dos ODS das Nações Unidas.

Desde 1991, o prêmio já reconheceu mais de mil e quinhentos cafeicultores brasileiros e entregou mais de R$ 8 milhões em prêmios, inspirando o Prêmio Internacional de Café Ernesto Illy e promovendo qualidade, bem-estar e sustentabilidade no cultivo do café.