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Queijo do Cerrado Mineiro é destaque no 3º Mundial do Queijo do Brasil

Dalmo Pereira e Maria Aparecida Machado ficaram animados com as duas medalhas (Crédito: Agência Sebrae de Notícias)
Dalmo Pereira e Maria Aparecida Machado ficaram animados com as duas medalhas (Crédito: Agência Sebrae de Notícias)

Queijaria Santa Clara Dourados conquista ouro e bronze no 3º Mundial do Queijo do Brasil, destacando o Cerrado Mineiro

Produtores de queijo do município de Abadia dos Dourados, no Noroeste de Minas, estão celebrando o reconhecimento de seus produtos no 3º Mundial do Queijo do Brasil. A competição ocorreu de 11 a 14 de abril, em São Paulo, e contou com a participação de 1.900 itens entre queijos, iogurtes, doces de leite e coalhadas de produtores de 14 países.

A Queijaria Santa Clara Dourados, de propriedade do casal Dalmo Pereira e Maria Aparecida Machado, conquistou duas medalhas – Ouro com o ‘Queijo Casca Florida Alba’, e Bronze com o ‘Queijo Minas Artesanal Tradicional’. Essa conquista é um reconhecimento do trabalho e dedicação para produzir um queijo de qualidade, que preserva a história e a cultura queijeira da região.

Os queijos produzidos pelo casal já haviam sido premiados anteriormente. Em 2021, conquistaram uma medalha de Prata no Mondial Du Fromage, em Tours, na França, com o queijo de ‘Casca Florida’. No 2° Mundial do Queijo do Brasil, os queijos ‘Extra Maturado’ e ‘Raiz de Sol’ – queijo autoral com açafrão – ficaram com duas medalhas de Prata. Já em 2023, o queijo ‘Casca Florida’ voltou a ganhar reconhecimento no Araxá International Cheese Awards e no Prêmio Queijo Brasil 2023.

A produção na queijaria segue a tradição do Queijo Minas Artesanal do Cerrado, feito com leite cru da própria fazenda, coalho e o tradicional fermento lácteo natural, o famoso “pingo”. A qualidade é garantida com a implementação das boas práticas na produção do leite e na fabricação do queijo, com muito zelo, muita disciplina e atenção.

Tradição e autenticidade

O desempenho no 3º Mundial do Queijo do Brasil realça a tradição e a autenticidade da produção de queijo na Queijaria Santa Clara Dourados, localizada no Cerrado Mineiro.

  • Leite cru da própria fazenda: O uso de leite cru, ou seja, leite que não passou pelo processo de pasteurização, é uma prática tradicional na produção de queijos artesanais. O leite cru preserva as características naturais e a riqueza de sabores do leite, que são transferidos para o queijo. Além disso, o fato de ser da própria fazenda garante a procedência e a qualidade do leite, pois os produtores têm controle total sobre a alimentação e a saúde das vacas.
  • Coalho: O coalho é uma substância que provoca a coagulação do leite, um passo essencial na produção de queijo. Ele é adicionado ao leite para separar a parte sólida (a coalhada) da parte líquida (o soro). A coalhada é então prensada para formar o queijo.
  • Fermento lácteo natural, o famoso “pingo”: O “pingo” é um fermento natural que é adicionado ao leite durante a produção do queijo. Ele é responsável por iniciar o processo de fermentação que dá ao queijo seu sabor e textura característicos. O “pingo” é produzido a partir do soro do leite e contém as bactérias lácticas necessárias para a fermentação. Cada queijaria tem seu próprio “pingo”, que é passado de geração em geração, contribuindo para a singularidade de cada queijo.

Dalmo Pereira e Maria Aparecida Machado ficaram animados com as duas medalhas: Ouro com o ‘Queijo Casca Florida Alba’, e Bronze com o ‘Queijo Minas Artesanal Tradicional’. “A premiação é um reconhecimento de muito trabalho e dedicação para produzir um queijo de qualidade, que preserva nossa história e nossa cultura queijeira. Isso nos entusiasma e nos dá coragem para continuar na busca por bons resultados. Além disso, incentiva outros produtores da região a seguir em frente e valorizar a atividade que gera emprego e renda para várias famílias da região”, diz Maria Aparecida.