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Aliança comercial de 2024: protagonismo brasileiro no cenário global do agronegócio

Crédito: Markus Distelrath por Pixabay
Crédito: Markus Distelrath por Pixabay

Exportações do agro brasileiro somaram US$ 164,4 bilhões em 2024, impulsionadas por carnes, café e açúcar. China lidera destinos; 2025 prevê safra recorde.

As exportações do agronegócio brasileiro atingiram um marco de US$ 164,4 bilhões em 2024, configurando-se como o segundo maior valor da série histórica. Esse montante representou 49% das exportações totais do país, reforçando a resiliência do setor em um cenário global desafiador, com retração nos preços internacionais de algumas das principais commodities.

A diminuição nas vendas do complexo soja e de cereais, impactada por uma menor safra e preços achatados, foi amplamente compensada por avanços em setores estratégicos. Entre os destaques, o crescimento foi expressivo em carnes (+11,4%), no complexo sucroalcooleiro (+13,3%), em produtos florestais (+21,2%) e no café (+52,6%). Segmentos como fibras têxteis, sucos, cacau e seus derivados, além de produtos hortícolas, também contribuíram para a diversificação e ampliação dos mercados internacionais.

Diferentes setores alcançaram recordes históricos, consolidando o papel do Brasil como fornecedor global de alimentos, fibras e energia. Entre os produtos que marcaram presença em 2024, destacam-se açúcar, café, algodão, carne suína, carne bovina, carne de aves, celulose, suco de laranja e óleo essencial de laranja. Produtos menos tradicionais, como limões e limas, chocolate, preparações alimentícias de cacau, alimentos para cães e gatos, gengibre, pasta de cacau e cebolas, também registraram avanços importantes.

Veja o resumo da balança comercial

Diversificação de Mercados: a China permaneceu como o principal destino das exportações brasileiras, com um total de US$ 49,7 bilhões. A União Europeia (US$ 23,2 bilhões) e os Estados Unidos (US$ 12,1 bilhões) seguiram como mercados prioritários. Contudo, regiões como África (+24,4%) e Oriente Médio (+20,4%) apresentaram crescimento significativo, impulsionado por ações de retomada diplomática e iniciativas de promoção comercial.

O ano também foi marcado por recordes em exportações de produtos cuja participação no mercado internacional está em expansão, resultado de estratégias que combinaram a abertura e ampliação de mercados com o aumento expressivo das ações de promoção comercial. Esses esforços trouxeram ganhos para cadeias produtivas emergentes, gerando excedentes exportáveis e impulsionando a geração de empregos, especialmente nas áreas rurais do país.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, enfatizou: “O setor manteve seu protagonismo ao responder por metade das exportações totais do país, desta vez trazendo resultados concretos do empenho do Governo e do setor privado para uma maior inserção internacional, por meio da diversificação de produtos e destinos”.

Perspectivas para 2025: com a previsão de uma safra recorde em 2025, as expectativas são otimistas. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou: “As perspectivas de recordes de safra e de produção de diversos produtos do agronegócio, aliadas à manutenção do esforço para abertura e ampliação de mercados e ao incremento substancial das ações de promoção comercial realizadas em parceria com a Apex Brasil e o Ministério das Relações Exteriores, apontam para novos recordes em volume e valor no próximo ano”.

A combinação do aumento produtivo e das iniciativas de expansão internacional consolida o agronegócio brasileiro como pilar fundamental da economia nacional. O Ministério da Agricultura e Pecuária projeta um futuro promissor, com o setor reafirmando sua relevância como alicerce do abastecimento global e da segurança alimentar mundial.